quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Poema de uma rosa solitária.

Os olhos a encontraram solitária e nua
sem cor,sem beleza, sem nada...
sobre a terra ressequida estava tombada,
resistindo à ardência ainda crua.

E o sol, lentamente, causticante
dela, a resistência ia minando:
sobre as pétalas dela derramando
o seu fogo de fervor constante.

A rosa caida agonizava,
na sua solidão e na tortura...
um beija- flor que por ali passava,
beijou-a num gesto de ternura.

E desceu a noite,não tardou.
Não choveu, forte ventou.
Abandonada, a rosa adormeceu.

No afã de vê-la então com vida
p'ra regar a rosa adormecida
o pranto,quem verteu fui eu.