domingo, 2 de setembro de 2007

Vil metal

Não adianta tentar esconder,

se fazer passar,

fingir não ser.



Sentem quem possui!

Parece estar no ar,

nos tristes olhos azuis,

será?



Tem-se mil e um conhecido,

amigo (?), "chegado"!



Todos os casos,

dos mais singelos aos mais complicados,

naturalmente fluem,

se souberem - ajudam,

jamais deixam aguardar..



Em compensação,

os olhos são tremendamente vazios

ou nos foi proibido sonhar!

E o que adianta um coração sozinho,

se ninguém quer habitar?!



O que temos é mau, vil!



Não respeita amizade,

um amor belo, sadio,

e com a maior naturalidade

planta em nosso peito, o frio!

O pior

é que não sabendo disso,

em grau pequeno ou maior,

invejam nossa sorte!!



Meu amigo,

será que você desconhece

que nada falta nos funerais de um rico?

Mas o que mais me entristece

é que também se desconhece quem sinta nossa morte!!



Quem quer trocar sete cômodos

por um sorriso, um meigo olhar?

Alguém teria

um punhado de alegria

que pudesse disponibilizar?



É.. salvo engano,

ficariam tristonhos

perto desse metal vil

que só brilha peças, granito,

essas coisas de pouca oferta,

mas longe de adquirir um amigo!!



Falemos, então,

de cores,

luz,

alquimia..

Já que amor é fantasia que não podemos contar..