terça-feira, 4 de setembro de 2007

NÃO ME PEÇAS FIDELIDADE

Não posso acreditar,
Consentir,
Permitir,
Que possa ainda me amar.

Devo admitir,
Que sempre fui cruel.
Nos instantes íntimos,
E também fui infiel.

Hoje tenho minhas dúvidas,
Nem sei se ainda a amo.
Só sei que lhe tenho apreço,
Deve aceitar, pois bem mereço.

Fizemos juras,
Em nossos momentos de amor,
Entretanto, nunca fui totalmente sincero,
Apesar de tudo, a quis e quero.

Não quero, no entanto, que imponha fidelidade,
Pois sou alguém que sempre mentiu.
Nas nossas intimidades,
Fingi, mas você fingiu que não viu.

Agora é tarde demais,
Para arrependimento.
Tudo aquilo que aconteceu, foi,
Não é mais um mero passatempo.