quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A FONTE

Velha fonte na berma do caminho,
Matas a sede a quem passa, com prazer,
Cantas ao dar de beber ao pobrezinho,
Que nada mais tem para viver !

E depois meigamente e com carinho,
Lá vais seguindo na berma sem lazer,
Mas antes de passares pelo moinho
A toda a campina e vinhedo dás beber.

E depois, não sei teu rumo mais...
Serpenteias nos caminhos ou beirais
Ou ficas nos rochedos a cantar

Só sei querida fonte, que a tua água
Se deliu na imensidade como a magoa
De uma alma que nasceu para chorar