A FONTE
Velha fonte na berma do caminho,
Matas a sede a quem passa, com prazer,
Cantas ao dar de beber ao pobrezinho,
Que nada mais tem para viver !
E depois meigamente e com carinho,
Lá vais seguindo na berma sem lazer,
Mas antes de passares pelo moinho
A toda a campina e vinhedo dás beber.
E depois, não sei teu rumo mais...
Serpenteias nos caminhos ou beirais
Ou ficas nos rochedos a cantar
Só sei querida fonte, que a tua água
Se deliu na imensidade como a magoa
De uma alma que nasceu para chorar
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