quinta-feira, 15 de março de 2007

SILHUETA

Cheguei correndo e encontrei a porta aberta
Entrei devagar para pega-la em flash
Não estavas na sala, tampouco no quarto
Foi então que ouvi você cantando
A porta do banheiro estava entreaberta
Entrei sorrateiramente
E me sentei naquele banquinho
Que você usa para alcançar o armário
Pensava conhecer seu corpo...
Seus dengos e suas manhas...
Mas sua silhueta me dizia que
havia mais para explorar
Suas mãos correndo teus detalhes
Com os mesmos carinhos de minhas mãos
Teus seios soltos a brincar com a gravidade
Suas curvas delicadas a me provocar
Sua voz cantarolando nossa canção
Sentia-me feliz por estar naquele momento
Espiando sua silhueta, sua intimidade...
Sentia feliz por seu o homem que amava...
Desejava ficar mais tempo
Sentado, escondido a te observar
Desejava que este instante não terminasse
Mas já era hora de sair
Deixa-la a sós novamente com
sua silhueta.