quarta-feira, 28 de março de 2007

NÃO SOU DE NINGUÉM

Não sou de ninguém, talvezDe um outro, que aqui não está,E espero sereno a minha vez,Para ser só o que não há.

Minha eterna saudade de mim,Minha saudosa resignação,Lembra-me o que fui para ti,Quando eu ainda era só coração.

Recolhi-me ao mistério de meu Ser, descobri as diferenças,Quando o que tinha também era teu.

E nesta circunstancial ponte,Entre o que fui e as minhas ausências,Redescubro, enfim, a minha fonte.