domingo, 25 de março de 2007

Erro

Vou sem nome! Foram pequenos os meus feitos
de outrora, destruído foi o peito nesta moagem
revestida em derrotas e sem nenhuma coragem,
caminho de aspecto baixo, nada tem mais jeito.


Desconverso e estanco os contos de esperanças
que alguém canta, o último hino, será que ouvi?
Vou sem nada, havia uma vida, mas eu não vivi
e toda esta angústia sofrida agora me alcança.


Vou com fome e sem nome, ré desse desprezo.
Paro na fila do abandono à espera da demora,
suplicando o fim da dívida. Quem sabe é agora?
Sufoco o choro na voz e cesso o martírio do peso.


Ah, quanta caligem corroendo este cálice de ferro
e os falares vomitando as mesmas contritas feridas,
no pão atormentado, da tua ou minha mão estendida.
Sem nome à lugar algum, vou expiar o eu do meu erro!