AMOR RESTRITO
Ah poeta! Sou a suportável contingência de minhas manhãs,ao deitar-me dentre anseios que abraça contestável adultério,mato minh’alma de mulher se me entrego a amores de Lacan.Vã é a poesia e o sonho que alimenta um mendicante deletério.
Ah Poeta! A covardia é história doutras damas incompletas,em olhos embaçados nas janelas mensais da espera infinita,e no flagelo da paixão lida em carta de baralho, igual coleta.Perdoa o ato, não sou pária e não traio, alcunho-me eremita.
Ah Poeta! Trilho a inocência mesmo que eu morra em mim,não tatuo o meu peito a camuflagem em vaidade de rameira,sei somente o que não sou, pantera da noite em gozo de cetim,ou rendas vermelhas fantasiando o vazio da carne traiçoeira.
Ah Poeta! A covardia é história doutras damas incompletas,em olhos embaçados nas janelas mensais da espera infinita,e no flagelo da paixão lida em carta de baralho, igual coleta.Perdoa o ato, não sou pária e não traio, alcunho-me eremita.
Ah Poeta! Trilho a inocência mesmo que eu morra em mim,não tatuo o meu peito a camuflagem em vaidade de rameira,sei somente o que não sou, pantera da noite em gozo de cetim,ou rendas vermelhas fantasiando o vazio da carne traiçoeira.
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