sábado, 5 de janeiro de 2008

As pernas da mulher

Quer sejam brancas, negras, amarelas,
São as montras dum corpo feminino.
E este poeta triste, peregrino,
Lá vai correndo, louco, atrás delas.

As pernas da mulher são tentações,
São imagens tão perto do pecado,
Que mesmo eu, sendo justo, sou tentado,
Às mais libidinosas emoções.

As pernas da mulher têm o encanto,
Dum enredo de samba que lhes canto
Para vê-las dançar, num sonho imundo.

Parecendo as frágeis mariposas,
As pernas da mulher são vigorosas,
Pois sustentam o peso deste mundo.