sábado, 26 de janeiro de 2008

viajantes loucos?

Uma falha, um canto, um arcabouço de desejo sonhado...
um ir e vir cônsono, em relances de rabiscos desencadernados.
Uma figura no cerne da montagem escura
de um corpo que insistente e solto,
faz louvor aos sãos, mas nunca desdenha os loucos...

Um desencarcerar do que prometido. fez-se natimorto...
algo ao redor, a princípio amorfo,
mas no íntegro interior de quem sabe e sente,
completamemente clarejado, decifrável, presente...

Se nessa viagem, arranhada por espinhos, forcejada pela coragem,
os quereres se amadurecem, tenho certeza que os sonhos tecem,
uma alonjada visão...
não um mapa, ou o descortinar de uma nova e simples etapa,
mas toda uma outra nova noção.

Só sei que a emoção desrelva, desregra, porém agrega
todas as vontades que têm uma mesma sina...
e se estranho a princípio, esse viajar por trilhas embrumadas parece,
algo me traz uma certeza:
a de quem deslaçado, desreprimido nunca é contido, jamais fenece...