segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

unindo-me aos sons do universo..

Indefectíveis, invisíveis, imprevisíveis,
porém totalmente reabilitadores e sensíveis...
completamente maviosos e audíveis...

Circunfusos, circungirantes, circunjacentes,
circunscritos, circunfluentes, circunferentes...

Desencarcerado os escuto, como ser astuto,
e fujo dos deslogros, arregimenta-me suspiro adulto
e totalmente alonjado nos princípios vitais,
plasmo-me, deixo de ser amorfo, alhures vai o vulto
que vestia-me modo ebriático, fazendo com que estático,
meu pensamento sugasse do meu corpo o movimento
entristecendo e amargurando a minha alma...

Eis que no agora quando se aflora o que se arvora
no que em mim se faz fecundo...
eis que no hoje, quando lanço-me no profundo
descubro alumbrado, um espaço argentado,
onde o pensar se faz encantação, encorpada de nexo...
e, de pronto movente reincorporo-me,
d'alma vejo o reflexo.
E leve, breve, alvo como neve e ao mesmo tempo
inserido numa enorme gama
de multiplicidade de átimos de cores,
eis que no cime do que antes postava-se arfante
eu mobilizo o que em mim faz-se mor,
e sinto forma intensa, a prior,
o corpo agora já em torpor, levitante, absterso.
Atenho-me ao que sou, e uno-me aos sons do universo.