domingo, 2 de setembro de 2007

SOCIEDADE OMISSA

Vivemos tempos difíceis… assimétricos.
Do nosso vizinho não lhe conhecemos
A dor nem a cor, seu mundo simétrico.
Somos fantoches… e se o concebemos,

Passamos por ele, como num estorvo…
E nossas vidas, mais que mesquinhas,
Assemelham-se a um delinquente corvo,
Juntando peça a peça, suas pedrinhas.

Que é feito da camaradagem salubre?…
Das conversas intermináveis à janela?…
Porque tudo tem de ser tão insalubre?…

Somos sozinhos, neste mundo revolto…
Passa a vida… e nós com ela…
Quem diz basta?… quando é que volto?