segunda-feira, 17 de setembro de 2007

SEM TEU AMOR

Quando não estás fica em mim tal solidão,
Que não tem nome que se lhe diga,
É como uma chaga aberta no meu coração,
Ou como a vertigem dolente de uma f´rida.

Tento colmatar tua ausência com a poesia,
Mas as palavras tornam-se incoerentes,
E eu anseio de coração que venha o dia,
Para juntos vivermos os nossos repentes,

Entregues à paixão dúctil e desenfreada,
Que só dois corações apaixonados
Podem vivenciar, na noite mais calada.

Onde estás tu, meu amor, que não te vejo?
Porque ruas e ruelas nos desencontramos,
Que, pensar em ti, é tudo o que prevejo?