domingo, 23 de setembro de 2007

MONÓLOGO

Alma te encontro a morrer tão só
Vendo as folhas soltas dos ciprestes
Desjejum - se ofertam como vestes,
Da terra que as devora sem ter dó.



Coragem! A boca suada não morre
A terra em que pisas não é tua
Nem o que te alimenta e socorre
Nos mistérios com que a vida pactua.



Te implores ao benevolente Deus
Fuja!... dos joelhos e espanto dos ateus
Recolhe-te como a dor deixa a ferida.



E esqueça que minha alma não és
Vai-te! Solta te cortarei os pés.
Voes! ... que te devolvo à vida.