ENTIDADE
Vives açoitada no temor dos tempos,
no canteiro triste do teu sofrimento!
Grita a gravidade, do teu lúgubre viver
nos dias mais fragosos que te afectam.
De um bramar que tolda o teu alento,
dias que ficaram na palidez das horas,
das corruptas sensações de vida incerta.
Vagueias na cansada incerteza do Universo
Vai-vem do sol que te ilumina acidentada,
mas como prado resistes às intempéries...
amarga a tua vida em paisagem morta,
que tudo desnuda com a voz do tempo!!
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