sexta-feira, 21 de setembro de 2007

corpo absterso

Se necessidade houver,
choro...
Se sentir que não tenho forças
para transpor o que vier,
oro...

Se de tudo,
minha voz de repente
se calar,
faço do sobretudo
uma ação de minha mente.
mas nunca haverei de parar...

Se em todos os momentos,
lágrimas teimarem minha face salgar,
farei delas proventos.
Frutos de reanimar...

Se minha vida retratar-se perdida,
confesso sou capaz de me abalar.
Mas como existe a regeneração de uma ferida
algo deve existir para amainar
minha capacidade de reagir, de ser, de amar...

Se minhas rimas e versos
trouxerem do inverso
motivos que não inspirem a acalmia,
far-me-ei ser concepto
e corpo absterso,
tenho certeza que próximo à minha alma
estarei...