sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Códigos

Na cabeça um ensejo
que chamei até de desejo
Naquele dia ameno, naquela mesma esquina
repetiu-se mesma silhueta feminina
para minha agonia.

Do carro entre o vão do teto e o braço
Minha vista suada de mormaço, registrava um passado
O coração balançava em sinfonia.
Dos berços dos pelos quentes
vertiam gotas de sal e ânsia

Altos acordes brotaram de uma música
Até a Lua em pelo tentou ouvir meus apelos
Em devaneios clamavam meus desejos
E cadê a tal coragem de se declarar!

Deveras, ensaiava meu intento.
E quando a força chegou como o vento
também meu tempo e a morena se foram
mesmo que por breve momento.

Se me falta experiência nessa demanda
Na próxima, deslizes não haverá.
Confesso, esquecendo a minha mocidade
busco os códigos da sabedoria
dos antigos da idade

E nunca mais a permitirei que se vá..