terça-feira, 7 de agosto de 2007

Máscaras da vida!

Rostos escondidos
casas sem janelas
portas com gradil
pessoas se escondem
atrás de máscaras,
com medo de enfrentar
as verdades, os seus
fantasmagóricos medo
de mostrar seu interior.
Mostram a fachada
maquida, linda,
atrai falsos amantes
que não sabem ler nas
entrelinhas dessa vida
sofrida, surrada.
O pedido de socorro
que vem do coração
em sufoco.
Onde todos percorrem
um falso caminho,
um caminho sem voltas.
Nas portas sem fechaduras
segredos são mal guardados
expostos aos maledicentes
línguas ferinas
sem consciência,
apontam impiedosamente,
nos lábios sorrisos sempre
zombeteiros.
No coração o escárnio.
Tentam esconder o medo
o caos, a desordem
que impera em suas vidas.
Olhado com descrédito
resta-lhe a mortalha
em vida.
Criou para si uma falsa
fachada,
no banco não tem dinheiro
nos bolsos,nem um tostão.
Mas nas festas faz questão
de comparecer,com jóias
falsas,como são seus dias,
escuros, sem alegrias.
Uma notinha no jornal
alegra-lhe o condoido
coração,
que por vaidade jaz morto
esquecido, escondido
atrás do bronze frio que
hoje esconde seu feio
rosto,enrugado, carcomido,
ontem, tão lindo, liso,
viçoso e colorido.
Vive sem eira nem beira,
preocupado se em seu velório
chegarão coroas de flores,
se a sociedade sentirá sua
falta,esse é seu temor.
Ignora o pobre coitado,
que a alma encarcerada
já foi sepultada e jaz
chafurdando na lama
de seus pecados
de suas vicissitudes,
triste solitária,clamando
aos seus antigos amores,
uma prece,uma oração
para que possa
sem máscaras,
descansar em paz.
E encontrar a saída
do labirinto onde entrou,
para que uma réstia de luz
e esperanças, o traga de volta
ao caminho de onde ele um dia
por vaidade se desgarrou...
e sozinho se aprisionou.