domingo, 5 de agosto de 2007

MARCAS DO TEMPO

Tudo se passou tão fugaz...
Não percebi, sequer, os meus lerdos passos.

Deixei pelo caminho o frescor da juventude,
Que se integrou, penso, ao viço das flores...

Rompi barreiras,
Consegui atingir objetivos,
Desfrutei das láureas do sucesso,
O que fez de mim um credor...
Mas, quantas vezes, tomei caminhos errados,
Nisso, transformei-me em um devedor...

Minha teimosia
Fez-me seguir por desvios...

Essa alternância do certo e do errado,
Que é o bem e o mal,
Deixou em mim as marcas do tempo...

Mas, foi o espelho que me mostrou
O quão é cruel a realidade...
Vi a opacidade do meu olhar
E a tristeza do meu sorriso...

Minha alma teima em ser jovem...
Vejo no pensamento,
O que sinto nos meus sonhos...
Desconheço o final dessa caminhada...
Tudo há de diluir-se no nada,
Quando serão desfeita as marcas do tempo