quarta-feira, 15 de agosto de 2007

MANHÃS PROIBIDAS

Inclementes as horas se estendem
Sobre o corpo vazio e cansado,
Emoções inquietas se desprendem
E se entregam às sombras do passado.

No colo da alma, órfãos sentimentos
Pranteiam a ilusão subtraída,
Olhos repousam num antigo tempo
Onde fluía verdejante seiva da vida.

O fardo do silêncio diluiu a fantasia,
Num escorrer de sonhos solitários...
Respigam saudades, na lápide fria!

Noites vencidas num escalvado cenário...
Manhãs banhadas por águas proibidas
Correndo sempre, em sentido contrário...