terça-feira, 21 de agosto de 2007

ESTE TAL AMOR!

Será este tal amor alguém sem compromisso
Carregado de exagero, repleto de esmêro?
Não...
Talvez seja feito de carinhos amontoados
Beijos sem conta de olhos fechados
Ou ainda um exagerado!
Pode ser também que este tal amor seja um ser inconsequente
Que se senta perto da gente
Uma insanidade sem eira nem beira
Que morre de medo de levar rasteira
Mas segue em descontrole
Bate à porta do coração e acha que é dono da situação
Esse tal amor é um sujeito sem explicação
Que surge logo após a paixão
Não tem pressa alguma, não vai a nenhum lugar
Quer apenas felicidade encontrar
Esse tal amor é muito esperto
Caminha de olhos bem abertos
Espera uma oportunidade de ficar pela eternidade
Ás vezes desafia a compreensão
E vive além da vida
Além dos tempos, das eras e esferas
É mais forte que dilúvio e vendaval
Mais frágil do que asa de borboleta
Contraditório, faz rir e chorar
Não dá para disfarçar
Difícil de explicar
É feito de cuidados exagerados
Não tem dia nem hora marcados
Complicado de explicar
Rompe todas as barreiras
Dorme sempre à cabeceira e acorda no coração grudado
Dá trabalho este danado
Esse tal amor é muito procurado
Há que se andar atento para não deixá-lo passar
E não ter que a vida inteira a lamentar
Tem vários disfarces
Brilha com a luz do sol e da lua
Sorri em todos os sorrisos
Caminha a beira de abismos
Canta com a voz das ondas do mar
Desagua dentro do coração
É tão somente tudo
É falante e mudo
É triste e engraçado
Inteiro ou esgarçado
Convém tomar cuidado
Trancá-lo bem trancado
Dentro do peito guardado!