elemento do ar
Cancelas, procelas, parcelas e hiatos...
Meus atos.
Travados, enquanto bailam tantos fatos,
formas, atritos, distratos...
A veracidade a qual me apego
é a bagagem que levo
nesse momento em que viajor já evidenciado,
eu sinto que inicia-se minha verdadeira viagem...
O momento crucial, o instante oculto, a passagem.
Não consigo estancar minha ansiedade,
e conceituo-me modo obstruso, ambíguo,
pois o que pra mim se mostra,
é muito mais que uma ponte que no espaço se posta.
Sei que no agora,
o que de certo modo se arvora
nada mais é que o somatório dos meus passos,
mundo afora...
Sei que na realidade o que viaja
são os meus rastros,
marcas aviventadas do que senti,
quando sorri, cantei, sofri...
O certo é que pós-ponte
aguarda-me um novo horizonte.
Novidades, verdades, sei não,
talvez parcelas de minha ansiedade
quando alado, voei, dexei-me levar...
Tudo enfim que fiz plasmar.
Resta-me agora,
atravessar...
Cumprir meu destino
romper com os desatinos,
e se preciso for
respirar fundo e me lançar.
Como se fosse elemento do ar...
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