segunda-feira, 20 de agosto de 2007

A CAIXINHA DE JÓIAS

Todos nós, sem exceção, temos uma história de vida.
Uma história que a maioria nem se lembra mais. Mas todos nós temos uma história. Alguns têm a sua história guardada tão bem, que ninguém a conhece, mas quando em vez entra em seu quarto e a sós abre a caixinha de música que está na penteadeira e a deixa tocar.
Ao descortinar-se o véu do passado, esquece as jóias da caixinha ali guardadas e outras jóias começam a brilhar.
Sua contemplação hipnótisa-se com o brilho dos anos que ficaram lá atrás. A fita dá início à película da vida. Os primeiros anos de escola, a bela professora que demonstrava seu carinho de mestra ao ensinar; Os dias que amanheciam chuvosos, quase gotejando tristeza na alma;
A primeira namorada. Como ela era linda! Linda de morrer, ou renascer, nem que fosse na outra primavera.

Chega a outra fase escolar.
A universidade torna-se o novo lar.
Outros horizontes descortinam-se no palco da cultura e outras visões do saber entrepôem-se entre o querer e o entender, mas o esforço ganha a porfia, a perseverança deu uma mãozinha e dela ganha os parabéns.
Absorvido no tempo, dá-se início a outra fase da vida, uma nova estação chegou, é primavera, o casamento, os filhos que a cegonha não retardou e o amor, o amor que sempre estará presente, este não estacionou, nem ficou lá atrás esquecido no tempo, este acompanhou desde o passado para coroar a vida com o louro da paz e está no presente de muitos de nós, certamente estará no futuro, para relembrarmos o hoje que já será também passado, quando abrirmos a caixinha de jóias musical,
guardada bem aqui...
Sim, bem aqui...
Aqui em nosso coração