quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Perdida

Revejo o caminho que há tanto percorro sem vontade,
não vejo flores, não conto os espinhos,
fecho os olhos e vou...
No horizonte, a certeza finaliza o dia com o sol que se põe
adormecendo os sonhos na esperança que me deixou.


Volto para a noite que não me deixa dormir,
nela, apenas os fantasmas de outro anoitecer,
um canto triste na madrugada a transmitir
a dor de uma alma que começa esmorecer.


O céu, onde estará o céu de outras noites?
Levanto os olhos tentando encontrá-lo no teto do quarto,
na busca, apenas uma foto relembrando um passado
que longe vai das lembranças que guardo.


No relógio o tempo aponta para um futuro qualquer,
olho então para o céu,
tento encontrar um teto que os sonhos abrigue ,
devaneios amanhecidos na paz que quer o peregrino
que retoma o caminho sem que ninguém lhe obrigue.