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Nossa existência lembra o riacho... buscando o mar.
Surgem pedras... barreiras e obstáculos.
Riacho inteligente, contorna...
assimila... passa por cima...
passa por baixo...
sempre encontrando um jeito de prosseguir...
porque o mar chama... convida.
Porque o mar é seu endereço final.
Riacho bobo fica rodeando a pedra...
o desafio... a barreira.
O rio atinge suas metas,
porque aprende a superar dificuldades.
Continuar navegando é...
Perseverar... quando a maioria desiste.
É sulcar as águas, quando outros já ancoraram.
É chutar longe a tristeza,
fazendo um pacto sagrado com a paz.
Continuar navegando é...
Embeber-se de infinitos,
na coragem de quem enfrenta o impossível.
É o mergulho fundo de quem atravessa a casca.
É insistir no válido e nobre,
quando outros desalentam.
É colher trigo bom, num campo atapetado de joio.
É ser jovial face aos problemas,
indulgente com os menos prendados,
afável com os mais velhos e irmãos de todos.
Continuar navegando é...
Construir templos de fraternidade,
com as pedras que jogam em nossos telhados.
É suar a camiseta,
quando a maioria já saiu de campo.
É recomeçar, cada dia,
mesmo que seja sobre ruínas e cinzas.
Fixando as flores, esquecendo os espinhos.
Fazendo da vida uma prece.
Continuar navegando é...
Falar palavras mansas...
florir ternura... onde outros praguejam.
É dar voto de confiança,
onde a maioria descrê e se acovarda.
É divinizar o humano e espiritualizar o terreno,
pendurando sorrisos de alegria
e gratidão até nos galhos secos do cotidiano.
É retornar às fontes da simplicidade...
cultivando o silêncio como se fosse um oratório.
Sempre e em tudo...
com a profunda vontade de SER....
CANTAR...
CRESCER...
SERVIR e AMAR.
Reflexão:
A vida é sempre bela, fecunda
e cheia de paz quando abraçamos
com simplicidade aquilo
que a gente sonha e faz.
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