quinta-feira, 2 de agosto de 2007

BARCA VAZIA

Prendi a embarcação
dourada de minha alma,
ao coração de Deus,
rogando confortar-me.

Dia após dia,
crescia mais meu grito:
pensei que água sagrada,
jamais a encheria.

Por que negaste Senhor,
a água de Tua fonte,
à minha necessidade
que tanto Te pedia?

D'algum lugar invisível,
Tuas águas, com certeza,
teriam que chegar, me confortar!...
e preparei a barca uma vez mais.

Joguei fora as águas dos bloqueios
que porventura existissem em mim,
e Vieste mansamente à minha barca:
barcas vazias não podem resistir.