sexta-feira, 3 de agosto de 2007

amor verdadeiro não tem fim...

Não consigo mais pintar a tristeza
com cores luzentes.
Não me faço mais meu inimigo
pois que a dor não vacila.
Ela tem uma trilha,
e jamais se apieda.
Ela prende, pune, degreda...

Mesmo em meio às procelas
consigo ver-me no cerne dos olhos delas.
Quando leio poesias de doer imenso
fico arredio, fico tenso...

Por que dar asas ao que não se coaduna
com a verdade una
guardada em nossa enorme urna,
e deixar que voem os sonhos tristes?
Por quê buscar consôlo,
no que não consiste?
Por quê buscar razões efêmeras,
onde vida não existe?

Perdoem-me se estranha soa minha fala
quando abarcada pelas minhas rimas e versos.
É que dentro de mim jamais se cala
ter que viver ou trilhar o inverso...

Eu não gosto de ver e sentir corações tristes
- principalmente os que me são
claros e caros -
duvidando do amor.
Ou sensos de rara inteligência
prestando honras ao desamor.

E que as tempestades breves
sempre venham...
Minhas dores são leves
pois que acredito que amor verdadeiro
não tem fim...

Eu sou assim...