sábado, 17 de março de 2007

Soneto da Amizade Verdadeira

De azul fiz minhas lágrimas derradeiras,
de verde pintei paredes que acalmasem o pranto,
de rosa os adereços, cada um em seu canto,
adornando a alma benfazeja que viesse me visitar,

recebi colegas alegres, outros a dançar,
e quando saíam, pouca presença marcava cada lugar,
nada fixo em minha retina desesperançada...
Aguardei os poucos amigos, vieram, partiram,

as poltronas brilhavam com redobrada energia,
revesti a casa de plantas e foi-se embora a letargia,
adotei animais e que espanto... a alegria

chegou voando, desceu as asas e aqui ficou,
risadas ouviam-se, mesmo ao longe,
repintei a casa, de branco a paz, aqui morou!