sexta-feira, 16 de março de 2007

Fruta madura

Tua boca percorre-me o corpo
Grito rouco ecoa na noite
Punhal de vento
Fustiga-me, como açoite.
Feri-me a carne,
Penetra-me as entranhas.
Perco a noção do tempo,
Se tarde ou cedo.
Entrego-me \às sensações estranhas.
Gritos loucos
Sufocados por um mar de espuma
Olhos felinos brilham no breu
Contemplam nossa figura.
Alheia, o silêncio saboreio
Saciado o desejo
Nasce a ternura,
Com gosto de fruta madura