sábado, 30 de junho de 2007

Que se cumpra o destino

Eu vou embora.
Vou para a floresta lilás,
onde a espuma flutua ao vento,
e a luz da lua prateia o mar....
Eu vou embora onde eu possa voar com liberdade,
onde não possa comprar nem vender,
onde eu possa apenas ser eu,
na nua e crua realidade.
Vou embora.
Seguirei em frente..
Eu sei que dói cortar a raiz, irei ainda assim,
mesmo que fique sem referência ou matiz.
Seguirei pela trilha aberta,
difícil saber onde parar pois não sei onde estou indo. P
reciso caramujar.
Vou. E na busca de uma casa,
ou quem sabe de uma causa, deixo o passado,
abandono teus braços, deixo o que roubei,
o que tomei, o que fiz e o que perdi.
Sigo sem mágoas ou pecados.
Debaixo do travesseiro e junto dos chinelos
Deixo-os - todos - guardados.
Perdoe-me... o passado, passa.
Vou buscando o riacho d` águas cristalinas,
o sorrir sem melancolia, as frias noites com neblina,
o cantar do galo das campinas.
Que se cumpra o destino.
Sigo nua, liberta, abro os braços e me rendo ao sol de cada manhã .