terça-feira, 26 de junho de 2007

POESIA PARA MARIA

Nessa chuva que hoje renova toda a floração,
toca a canção das gotas escoando em romaria,
eleva às brumas como a pureza da sublimação,
grifando a brancura do seu sorriso e sua euforia.



Maravilhar-se com a voz das infantes cantigas
que acalantavam os sonhos ao som da calmaria,
em histórias inventadas ou nas fábulas antigas,
ora, uma crônica, ou um conto, ou nessa poesia.



Maria-condé, vai brincando em seu barco de passagem,
Maria-de-barro, que de tanto amar fez um canto a João,
Maria-fumaça, conduzindo a vida e alegrando a viagem,
Maria-rendeira, cerzindo as noites no véu da constelação.



Maria-branca com seu vôo ou dores de mulher,
mulher que não se dobra e vence o seu cansaço,
cansaço que deslumbra e afronta um malmequer;
Bem-me-quer Maria como as linhas que lhe faço.