domingo, 11 de março de 2007

UM GRANDE AMOR

Não que eu possa garantir que esse amor é o maior do mundo.
Acho impossível avaliar isso, amores não podem ser medidos nem pesados. Apenas afirmo que ele é grande, grande na sua beleza, na sua autenticidade, na sua veracidade.
Os intervalos e ausências que ele precisou enfrentar só o fizeram crescer e se solidificar.
Esse amor nunca abrigou desconfianças, excesso de intolerância e jamais se furtou a pedir ajuda e perdão.
Sim, algumas vezes, ele suportou inseguranças mas, quem de nós não se sente inseguro em determinado momento do relacionamento?
Insegurança é sinônimo de medo de perder, de se tornar desnecessário ou, talvez, demais na vida do outro.
A questão é que existe uma medida certa para se amar e ser amado e essa medida compreende o respeito, o companheirismo, a amizade, a mão estendida quando se faz necessário.
É preciso que haja uma enorme troca de energia positiva entre um casal para que eles suportem enfrentar a vida juntos, pois ela em certos momentos é ingrata, difícil, cruel.
Não me recordo de nenhum casal que se declarasse apaixonado e tivesse sobrevivido a esse amor sem que existisse entre eles uma grande dose de amizade e cumplicidade. Casais precisam ser amigos e cúmplices, precisam confiar um no outro.
Mas aquele amor que eu estava citando no início consegue reunir todos os ingredientes certos para atravessar a vida sem nunca cair ou tropeçar.
Na verdade sei de poucos amores assim. Normalmente eles exigem demais e dão em troca muito pouco ou dão tanto, que acabam se desgastando.
Amor deve ser intenso, porém, leve e não pode sufocar, caso contrário ele acaba estrangulado.
Torço, apenas, para que o tempo seja condescendente com eles, não passe lentamente, nem corra demais e que os deixe viver esse amor intenso e em paz.