domingo, 4 de março de 2007

Só mais um amanhecer...

Eu fecho os olhos e revejo teu sorriso lindo
diante dos meus olhos, tristes agora..
Releio teus poemas, que me dizem tanto
como se pudesse trazê-lo de volta pela tua inspiração
mas são releituras inúteis... tão inúteis!
Ah, como eu queria ser a força que precisas!
Essa cura mágica que tua alma anseia
que teu corpo espera, já tão desolado
sentindo que está sendo abandonado
ao ver os sonhos partirem de mansinho...
Não desista, amor!
Dizem os sábios e poetas
que enquanto sonhamos, temos vida
arrasta de volta os teus sonhos fugidios
não deixe irem simplesmente assim
eu preciso deles, e eles de mim!
Não deixes que se apague a tua luz...
prometeste mostrar-me a neve, lembra-te?
Como terás coragem de partir, sem cumprir...
Como abraçaremos os campos floridos da primavera
e correremos livres pelos caminhos de manhãzinha?
As estradas estarão vazias e tristes, sem você
o horizonte, vai continuar alheio, distante
sem nós para o partilharmos como combinamos e esperávamos
não sente pena?...
Ah, se eu pudesse conceder-te uma migalha que fosse
da vida que me sobra tanto
e mais ainda sobrará, se me deixares...
Se quiseres muito, eu sei que conseguirás
falta pouco, setembro já vai chegar...
Estou aqui, desejando fortemente que acredites
nessa esperança que acalento tanto
divida comigo nossas noites de luar e poesia
espere pelo menos mais um amanhecer...
eu te proíbo de morrer!