sábado, 3 de março de 2007

Pena de Amor II

Em tua alma bordei,
os versos que hei cantado...
invisíveis arabescos,
filigranas e rendados...
Os salmos de minha ternura,
em tons fiéis, delicados...
em tua alma fibrila
os fios da minha lira...
em tuas líricas fibras
lá hei depositado
os versos deste meu fado,
canção de minha ventura,
gravei as meigas texturas
deste meu terno bordado,
pelo tanto que hei amado
e que sempre te amarei!


O muito que já vaguei,
Olhos de ti, tão alheios...
nos portais das madrugadas
em meus sonhos me enleio,
aos finos fios tateio
o avesso de nossa história,
que em sonho ou memória,
traz de volta ao que amei...
Aplacam o meu anseio,
os sonhos que hei sonhado
e que ainda sonharei!