sábado, 10 de março de 2007

CANSADA

Tão tarde...
Eu não aguentava mais
esperar o amanhecer
Parecia que terras, pernas e colinas
estavam a apodrecer
Esta noite sem ti, esperei de pé
mas cumpri meu dever
Creia, quando forças não mais tiver
reconhecendo as circunstâncias
que me forem ditadas
saberei o momento de a mim conceder
retornar, mesmo desafiando o tempo
mas com dignidade para desaparecer
Enquanto isso ainda estou no fado de tuas amarras
fazendo versos, desatracando naus
aliviando fundas fendas
ajudando o vento a soprar
levando-me rumo aos mares
esperando ainda por poder rever
chegares bem de leve
e quem sabe?
me redescobrir mais uma vez