pela janela do meu quarto...
Sombras, vultos,
desejos e rompantes despertos
e fico aqui a vislumbrar a correria dos adultos,
pela janela do meu quarto...
Sonhos que os olhos deixam escapar
e se tornam públicos...
vontade de se inserir na corredeira que há,
mas me resguardo do meu ato...
assossego-me, quando constato o fato,
que são múltiplos, são fartos
quando vistos,
pela janela do meu quarto...
Uma grandiloqüência
que anuncia a essencia,
modo completo, forma intensa,
quando na correria,
das pessoas e do dia,
sinto o espocar dos impactos,
vendo-os, sentindo-os, vivendo-os
pela janela do meu quarto.
Por vezes me indago
em qual curva de planeta,
residirá o que se faz afeito ao amor que trago...
E eis que a resposta eu encontro
no redimir-me constante dos destratos
e me penitencio,
pela janela do meu quarto...
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