terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

FERA INDOMADA

Fera indomada, que se finge acuada,
carente enjaulada, mas quando em liberdade,
meu corpo invade, feroz atacando,
minha libido atiçando, fazendo-me presa,
de sua esperteza, não deixando saídas,
às suas investidas, tornando-me um cordeiro,
a entregar-se por inteiro......

Fêmea arredia, dominante vicia,
a provocar com ações, efêmeras sensações,
que me arrancam da boca, em volúpia tão louca,
estridente gemido, de um gozar incontido,
transformando o amante, em mero coadjuvante,
que aceita passivo, o seu modo lascivo,
de me controlar, quando queres me amar......

Fera selvagem, a exalar vadiagem,
exótica aragem, que do sexo desprende,
quando em gozos se rende, gritando qual louca,
com voz tremula e rouca, palavras vorazes,
e impronunciáveis, contraindo seu ventre,
num apertar indecente, querendo meu membro,
parecer devorar, num febril cavalgar......

Fêmea animal, tens poder sem igual,
de me arrebatar, num total abusar,
quando cheia de manhas, usas de artimanhas,
pra deixar-me prostrado, ao teu lado tombado, sussurrante e arfando, com tuas mãos me tocando,
teus lábios me explorando, reascendendo o tesão,
de uma nova ereção......

Mulher indomada, és fera caçada,
carne apreciada, que esconde astuta,
nos seios, na gruta, segredos guardados,
a serem desvendados, e saboreados,
aos poucos por mim, em noites sem fim,
as suas taras vou fazer, aos desejos vou ceder,
pois contigo vou aprendendo,
ser aluno e professor, educando e educador,
na arte chamada amor......