quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Salgueiro Triste

Olho com avidez o sol.
Danço na escuridão.
E, abraçando a negritude da noite, busco a luz.

Noite, mostre-se!
Traga teu fogo, pois vago no teu desejo.
Traga-me tua carne pois anseio pelos
beijos que sorvem a liquidez de minh´alma.

Estou debaixo das asas do salgueiro.
Salgueiro triste e chorão...
Nos teus galhos balancei a alegria
De minha meninice,
Sonhava e sorria....
Hoje, me embala a nostalgia...

O poeta pode ser perigoso.
Perigoso e imprevisivel,
Pois ele pode chocar como
Uma forte tempestade,
Ou pode chorar como um salgueiro triste!