sábado, 2 de junho de 2007

MINHA ALMA, NUA E FRIA...

Tu, que um dia mereceste meus beijos,

não podes sequer imaginar em que estado me encontro,

hoje, distante do teu carinho...
Minha alma, nua e fria, sufoca - se de saudades do tempo em
que nua, eu me aconchegava ao teu corpo quente, tendo meu
corpo escaldante pela febre dos desejos que me despertavas

com carinhosos beijos, cobrindo minha pele de deliciosos calafrios,
quando mais e mais, a ti eu me
entregava...
Tínhamos, um do outro, tudo que
precisávamos, para ser felizes...
E hoje...

Hoje a solidão torna longos e amargos meus dias, meus
lábios têm fome dos teus beijos, e sem eles,

nenhuma palavra, mais, sente vontade de pronunciar e por isso,

um silêncio denso e cavernoso parece envolver - me, como se eu
estivesse há milhas de distância da superfície da Terra,

encerrada numa gruta onde apenas ouvisse minha respiração,

como se eu fosse um ser estranho, alheio a esse mundo onde vivo,

tão só e atormentada pela falta dos teus
carinhos, do teu amor...
Nunca mais meu corpo vibrando entre teus braços,

minhas carnes latejantes antecipando o clímax

causado pela loucura dos nossos
desejos, da dança louca da tua boca, do teu corpo ofegante,
também às portas do êxtase que juntos,

nos faria alçar um vôo sem limites,

sem fronteiras, que os sonhos, as fantasias não os têm,

e cada cada vez que me pegavas
pelas mãos e me levavas para a magia onde culminavam os
encontros íntimos de nós dois,

era como se atravessássemos a extratosfera,

atingíssemos um lugar muito além da
imaginação e onde apenas a
beleza do amor, dos sonhos, do prazer e das fantasias, existíssem ...
E lá, entre macias e perfumadas nuvens cor - de - rosa,

tu me
aconchegavas ao teu peito,

acariciavas com a ponta da língua meus lábios e com as mãos,

meus cabelos, levando - me a um sono onde me acompanharias...
E sonharíamos os mesmos sonhos...