sábado, 2 de junho de 2007

DEI GRATIA

Edificarei as ruínas deste templo infundindo Tua aragem
que nas sendas desta terra entre o mar e o negro lodo
preencheram aquelas fendas com a purpúrea cor do fogo
e insuflaram assim as túnicas inertes na última paragem.



Ritmado ao ar que paira nas searas em plena adoração
respira minh'alma novamente a brisa de Teu sussurro
que aflando as flores nas alamedas foi o suave arrulho
a acordar em borbulhas os meus olhos em Tua remissão.



Remígio que aquece e assim me eleva às finas cristaleiras
silvam hoje minhas renascidas asas em Teu solo sagrado
para ajoelhar as folhas e os cristais desta flor de cerejeira,



e aspirar então a claridade de Teus céus e a vastidão da luz
sentindo o sol e a lua que me devolveste no minuto nacarado
pelo diáfano prelúdio de Tuas mãos que sempre me conduz.