sábado, 23 de junho de 2007

Falar de amor

Falar de amor é como agarrar uma estrela,
pular o vento que corre em direção a chuva,
aprender como nasce às flores, fazer nada,
murmurar palavras no ouvido da mulher amada.

O amor não é como a paixão que corre o corpo
ou brilho de sol que cede a luz ao branco da lua,
como o calor que percorre as veias e entranhas
fazendo a carne molhar o sexo de desejo do outro.

O amor não é dança de tribo para acasalar,
é borboleta que voa solitário em uma linha do céu,
que nasce entre folhas, entre beijos, entre abraços,
escondendo palavras como fonte no meio da mata.

Toque a luz invisível que vem da sua alma,
o desejo é como estufa que queima sozinha,
logo a carência vem à flor da pele,
brotando óleo que perfuma seu hálito de beijo.

Um dia aprenderei a falar com minha alma,
arrancar as tristezas, limpar os restos, as decepções,
refletir em meu olhar todos os sonhos,
dar o prazer misturado a uma poção de felicidade.