sexta-feira, 22 de junho de 2007

CENAS DO MEU QUARTO

Na janela de minha casa,Pus vasos e flores,Por onde perpassaTodos os exóticos olores…

Enfeitei-a com estrelas,Que ao mar fui roubar,E no quadro, para vê-las,Pus bambinelas a enfeitar.

Manjericos e açucenas,Em vasos agrestes,Lembram cenasDe campos campestres.

Tenho-os dependuradosNo preito da varanda,E as aves passam de lado,Semana após semana.

Tenho quadros com cavalos,De tintas bem delineadosE ouço ao longe os badalosDe chiste bem enfeitados.

Tenho ainda um tela só minha,
Pintada com extremo vigor,
Está num canto sozinha
Há espera de se expor.

Colecções de animais
Perfazem espaços isolados,
Não tenho preferências tais,
Só que estejam bem afinados.

A biblioteca é rica,
Está a um canto isolada,
E é preciso uma certa genica
Para se dar por bem achada.

Tenho ainda o meu canário,
Que está na muda da pena,
Mais parece um armário
Que deixou de ter tema.

Assim é o meu quarto,
Com alta tecnologia,
Um demorado parto,
Que nasceu num certo dia