sexta-feira, 1 de junho de 2007

BEM DISTANTE

Chora a alma, saudade geme
A dor do amor profundo
Que em solidão padece e treme,
Distante das cores do mundo.

Clama o corpo, arde intensa a pele...
Sangra o sonho... aos poucos se esvai...
A esperança, ainda que não se revele
Descrente das horas, também se vai.

Lembranças distorcidas e doridas
Razão e emoção as repelem,
Amenizando cicatrizes e feridas.

O tempo se encarrega dos momentos,
Seu corpo no meu é passado,
Folhas ressequidas nas mãos do vento...