sexta-feira, 22 de junho de 2007

ESTRANHO LABIRINTO

Vocês percebem o que eu digo?
Vou tentar ser mais claro!

Fios entrelaçados, tecidos,
alguns deles amarrotados,
outros, guardados, amarelecidos...
Há aqueles, pelo uso, puídos,
se tentarem consertar; cerzidos.
Tramas, dramas, coisas do nosso umbigo!

Ainda não fui claro?
Vou tentar de novo!
Caminhos, trilhas, atalhos,
lugares ermos, distantes,
ruas que parecem desertas,
esquinas, escolhas incertas,
becos sem saída, enganos!
Começar tudo outra vez.

Janelas, têm dias, fechadas,
em outros, escancaradas;
chaves, nem sei de quê portas,
mas não importa sabê-las,
pois sempre serei um estranho,
que quando tenta entrar na conversa
alguém logo pergunta:
o que você quer de nós?

Fios entrelaçados, destinos,
escolhas equivocadas, atalhos,
ruas de uma cidade deserta.
Ando por aqui já faz um tempo,
vivo tentando escrever poemas,
que digam ao coração das pessoas
sobre o labirinto em que vivemos, estranhos...
Melhor ter a mão um novelo de lã,
marcar caminhos trilhados,
não repetir os enganos,
para que possamos sair daqui.

Algo do que lhes disse é familiar?
Não?
Estranho...
Muito estranho!