domingo, 10 de junho de 2007

ENTRE AS TULIPAS VERMELHAS

Entre vermelhas tulipas entronizada
reflito sobre eu ser quem eu sou.
Meus pensamentos perdidos no nada.
Minh'alma assim desmistificada,
relicário do que ainda me restou.

As lágrimas percorrem meu rosto,
precipitam-se no vermelho cetim,
na boca sinto o seu salgado gosto,
do mel de teus lábios o oposto,
imersa, perdida, dentro de mim.

O olor das tulipas recém floridas,
espalha-se no ar,...enfim me alcança,
Ó, rubras tulipas, tão cheias de vida,
quisera ser uma flor rediviva,
deixar- me ser novamente criança.