terça-feira, 19 de junho de 2007

CALA... CALA... CALA

Cala... cala...cala!...
Se tua inveja é insuportável,
Pede ao Pai ajuda...
Se nada de bom trazes no coração,
Pede aos céus bondade...
Mas cala, cala a má palavra,
A má fé, cala o que de feio está por dentro!
Cala a maldade no peito!
Cala a calúnia provocada
Por despeito...Aceita que todos têm defeitos,
Que somos pó, do pó fomos feitos!
Cala a mentira, cala, cala a maldição
Que penetrou tuas veias, que prende
Como uma aranha,
Que enreda inocentes em suas teias!
Cala, cala, cala!...
Deus tudo vê, tudo sabe, tudo pode!
Pior que de um bandido é o seu proceder,
Pois quem conhece a força de Deus
E não respeita, ergue as mãos aos céus
Inutilmente, reza sem ser ouvido...
Está em plena vida, já morto!
Cala... cala enquanto é tempo!
Enquanto teu corpo tem forças,
E o sangue ainda está quente...
Cala a estupidez, a insensatez,
A manhosa bondade, a falsidade...
Pensa no amanhã... no futuro...
Na velhice chegando, numa cama
De hospital, num dia escuro...
Tendo como companhia a Solidão,
a angustia e o medo...
Nada mais haverá atrás do muro!
No rufar dos tambores...
Quando soar o gongo, estarás só;
com Deus, e o cruel arrependimento!...