quarta-feira, 13 de junho de 2007

ABISMOS SEM FIM

Percorro com os olhos
o horizonte distante,
onde o tempo é surdo-mudo,
a história invisível
e só distingo auroras
num vôo leve e sutil.


Busco desviar os rumos
que não mostram suas rotas,
querendo traçar ainda,
estratégias eficazes
para que eu não afunde
n'algum abismo sem fim.


Absorvo ondas revoltas
que chegam de toda parte,
e só me trazem angústia
enquanto mergulho inteira,
levada pelas correntes
desses espaços sem gente.


Busco redobrar as forças
para emergir leve e solta,
saindo em busca dos sonhos
que esperam pacientes,
e talvez ainda resgatem
alguns sorrisos em mim.