segunda-feira, 21 de maio de 2007

SINA DE POETA

Perguntei à alma e ao coração
Qual seria aqui minha condição –
Olharam-me, como quem fala,
E disseram-me o que a boca cala.

E seguindo o juízo pronto falaram:
“Onde és tu os homens clamaram
Que poeta serias, para teu fado,
Não mostres pois o teu desagrado.”

E assim sigo os dias cantando,
Em verso ou em rima chorando,
Ora rindo sem ter o porquê.

Esta é a minha forma de dizer
Que, o que eu faço, com prazer
É feito, sabe-o bem quem me lê.