sexta-feira, 25 de maio de 2007

HOMEM COMUM

Que cena bonita e idílica esta que meus
Olhos vêem. Correndo para os braços
Dos filhos pais chamam-lhes de seus,
E perdem-se entre carinhos e abraços.

Ah, não ser eu assim, e ter também alguém
A quem chamar de seu,
depois de um diaDe trabalho…
mas eu sou de ninguém –
Enquanto lá fora a noite prazenteira se ia.

Oh, fado meu, que me tiraste toda a alegria,
Miserável se fez o dia em que te conheci.
E o embaraço roubou-me o que se fazia,

Certo e desenvolto, quando do mais alto
De mim, para me perder no mundo parti,
Não me achando mais tomei-me de assalto.