domingo, 27 de maio de 2007

COMO MULHER

Queria declarar
Nesta noite úmida de chuva
O meu orgulho em ter nascido mulher
Dizer dos meus mínimos quereres
Que um dia já fez estremecer
No coração das flores
Um difícil passado, meu exílio
Mas principalmente a força do meu amar
Queria poder
Hoje, nesta noite escura, por fim dizer
Que mesmo tendo atravessado
Pontes escorregadias
Sem ter onde me amparar
Ainda sou capaz do sentir e absorver
Mesmo marcada com tenebrosas cicatrizes
O nascer de um novo ser
Que ainda existe em mim
Com frágeis medos e frios na alma
Poder ter nesta vida, a força de mais uma vez
Sem nenhuma vergonha de dizer
Eu te amo, te amo, te amo
E...
Sempre te amarei!